Extranjero en las puertas, no estás solo, mi apurada tristeza te acompaña.(Carlos Barral)
O que te motiva a viver? Você já encontrou o seu lugar o mundo? Viajou tudo o que quis? Viveu um grande amor? Escolheu com o coração ou a razão a sua profissão? Pode escolher como, quando, onde e com quem? Se ainda não…já passou da hora. O tempo termina ao virar a esquina.

Carlos Barral ( Barcelona, 1928-1989) teve uma vida muito rica em experiências. Formou- se em Direito pela Universidade de Barcelona, foi escritor de prosa e verso, editor de uma das melhores da Espanha ainda ativa ( foi vendida ao Grupo Planeta), senador e euro-deputado pelo PSOE (Partido Socialista Obreiro Espanhol). Foi casado com uma socialite barcelonesa e pai de cinco filhos.
Barral engoliu os mais de quarenta anos da ditadura franquista (1936- 1977), sendo socialista, catalão e editor. Censura, perseguição, ameaças…e resistiu. Não só resistiu, como foi o melhor, junto com seu sócio Victor Seix (1923- 1967), que faleceu atropelado por um “tranvía”, na Feira do Livro de Frankfurt. Ironicamente, o nome do motorista era Adolph Hitler.
Eles criaram a Seix Barral, caracterizada pela excelência literária, uma editora riquíssima de literatura nacional e internacional. Com a morte precoce do sócio, Barral seguiu sozinho com a editora e ele foi o responsável pela internacionalização da literatura latino- americana e impulsionou a carreira literária de autores como Julio Cortázar, Jorge Luiz Borges e Mario Vargas Llosa, entre outros.
Hoje a casa é um museu em Calafell, refúgio do poeta, que também gostava de pescar. A cidadezinha é citada em sua obra inúmeras vezes. Abaixo, as fotos do interior da casa com muitos objetos afetivos, o escritório onde trabalhava, suas duas máquinas de escrever, a lareira, a varanda ao mar, o quintal:


















A fachada da casa:

Do seu quarto, o mar:

A praia de Calafell, refúgio e inspiração de Carlos Barral:
A praia dele… e a minha também!

Carlos, de vez em quando, irei te visitar. Sentarei na sua porta olhando para o mar e com as suas memórias, quem sabe, consiga enxergar o mesmo que você. O tempo é difícil de ordenar. O que foi ontem parece hoje e o amanhã parece cansado. Essa história de tempo é mesmo uma coisa confusa, baila entre a fantasia e a realidade. Irei evocar seus mágicos dons literários e, quem sabe, (re)descobrir o meu.
Casa- Museo Barral
Passeig Maritim de Sant Joan de Déu, 18- Calafell- Tarragona
Já me segue o Facebook? E no Instagram? @leituradomundo.blog