Esta é uma fábula de um rato que tinha muita inveja do gato.
O gato e o rato foram adotados e cresceram na mesma casa. O gato saía todas as noites para caçar e, além de voltar sempre com a pança cheia, ainda guardava alimento para o dia seguinte. O rato ficava sempre na sua toca, na maior preguiça, e comia sempre os restos que caíam na cozinha. Desdenhava do gato:
– Esse gato é um bobão! Para quê tanto esforço, se aqui temos casa e comida de graça!
O gato, sempre muito astuto e cumpridor das suas obrigações de gato, fazia o que tinha que ser feito para manter- se ativo e sempre bem alimentado. Era um gato independente e autossuficiente. Não esperava que seus donos colocassem no seu prato aquela comida mirrada e insípida.
O gato avisava o rato:
– Um dia você pode achar quem não te dê casa e comida!
O rato ria da estupidez do gato e continuava deitado comendo, comendo, comendo. Comia pão, salame, açúcar, muito açúcar, bolachas, biscoitos, bolos e a gordura das carnes que jogavam fora. O rato engordou tanto, que mal podia se mexer. Ficava da toca olhando a vida alheia, criticando com maldade as pessoas e bichos.
Um dia, os donos da casa mudaram- se. O rato, desesperado, tentou sair da toca, mas como ele tinha engordado tanto, não podia. Tentou se mexer, mas já era tarde demais. Ele viu o gato saltar o muro de mala e cuia.
– Ah, como eu queria ser o gato agora! Meu Deus, que sorte ele tem! Por que eu fui nascer rato?! Pobrezinho de mim!
O rato, preso na toca, estava quase morto de fome em quatro dias; com uma semana, ficou tão fraco, que, de fato, morreu.
Moral da história:
Seja independente. Não fique preso ao comodismo. Se quer ser e ter o que o gato tem, trabalhe como o gato.
Fernanda Sampaio Carneiro
Uma resposta para “A inveja do rato”
[…] que estou mais ativa esses dias? Quero escrever um post por dia (hoje foram dois!). Já leram a minha fábula, “A inveja do gato”? Dá uma moral, segue o link. É simplesinha, mas é boa, dá até para usar em escolas (citem esta […]
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