Numa tentativa de ser mais disciplinada, listei vinte e quatro livros que eu tenho grande vontade de ler e resenhar neste ano que vai começar amanhã. Alguns deles não são nada populares no Brasil, inclusive nem têm edição brasileira, por isso mesmo o meu interesse. Vamos colocar no ar novidades e não livros mais que mastigados, não é?! Fora que há que se traduzir mais e mais autores estrangeiros no Brasil, como há que se traduzir muito mais literatura brasileira no exterior. Forçar esse intercâmbio faz circular autores, idiomas, livros e mais conhecimento.
E como sugestão: aprenda idiomas! Espanhol e inglês são obrigatórios se você quiser ser um cidadão do mundo, além de expandir seu próprio universo interior, também para a sua vida profissional. Saber idiomas é a chave para entender melhor outras culturas e saberes. E no âmbito literário, saber inglês, francês, espanhol, fora o nosso português, te abre um leque imenso de opções literárias, ainda mais com a Internet e a possibilidade de ler em e-books. E você, estrangeiro, que está lendo isto com tradutor, aprenda também português. 🙂
Vamos às minhas escolhas (as capas são as edições que eu tenho).
- “A ópera dos mortos”, de Autran Dourado
Este é um livro que quero ler há muito tempo, por isso é o primeiro da fila. O mineiro Autran Dourado, falecido em 2012, foi um dos maiores escritores do Brasil. O romance “A ópera dos mortos” (1967), é considerado por muitos a obra- prima do autor.
Ópera dos mortos. Romance. [Tapa blanda] by DOURADO, Autran.-
2. “A grama vermelha” (“L’erbe rouge”/ “La hierba roja”), de Boris Vian.
Esse não achei tradução em português, mas não deve demorar. O francês Boris Vian (1920-1959), morreu com 39 anos, foi engenheiro, cantor, músico, tradutor, inventor entre outros, uma vida intensa. Ele tem uns títulos de livros “curiosos”: “Escupiré sobre vuestra tumba (Pocket) (“Irei cuspir- vos nos túmulos” ou “Que Se Mueran Los Feos ” (Qu”e morram os feios”). Eu tenho outro que está na lista Espuma dos Dias (Em Portuguese do Brasil)
, esse com edição brasileira da finada Cosac Naify.
3. “Contigo na distância” (“Contigo en la distancia”), de Carla Guelfenbein.
A autora é chilena e Contigo En La Distancia (Premio Alfaguara 2015)” (“Contigo na distância”) ganhou um prêmio literário importante na Espanha, o Alfaguara (2015). A história foi baseada na vida de Clarice Lispector.
4. “A cidade sitiada”, de Clarice Lispector.
Livro sem ler de Clarice não dá! A autora é para ser lida e relida, sempre. “A cidade sitiada” é o terceiro romance da autora.
6. “Grandes esperanças”, de Charles Dickens
Este clássico do inglês Dickens deve ser daqueles que provocam lágrimas. Conta a história de um órfão, Pip e as dificuldades que enfrenta na vida.
Grandes esperanzas (El Libro De Bolsillo – Literatura)
7. “A camisa do marido”, de Nélida Piñón
São nove contos da grande Nélida Piñón, escritora carioca, uma das minha autoras favoritas.
A Camisa do Marido (Em Portuguese do Brasil)
8. Ciranda de Pedra, de Lygia Fagundes Telles
Esse já comecei a ler várias vezes e não avancei por problemas alheios ao livro.
9. Paris não acaba nunca (livre tradução), de Enrique Vila- Matas
O escritor espanhol me contou na Feira do Livro de Madri (2017), que estava em negociações com uma editora brasileira. Algumas de suas obras fora editadas pela finada Cosac Naify. Por enquanto, você pode ler em espanhol.
París No Se Acaba Nunca (CONTEMPORANEA)
10. “1984”, de George Orwell
Eu li “A revolução dos bichos” em 1996, lembro o ano, e adorei. Este, “1984”, está na lista há milênios, não pode passar de 2018.
11. “13,99€”, de Frédéric Beigbeder
Eu não tenho nenhuma referência do autor nem do livro, exceto o que conta na contracapa. A gente tem que fazer isso sim, “comprar livros pela capa”. Fiquei curiosa na livraria e vou pagar (já paguei, literalmente) pra ver.
12. “O grande Gatsby”, de F.S. Fitzgerald
Outro clássico que está na estante faz tempo. Achei uma edição bilingue português- inglês baratinha:
O Grande Gatsby: The Great Gatsby: Edicao Bilingue
13. “Elegia”, de Philip Roth
14. “O clube da boa estrela”, de Amy Tan
Conheci essa autora americana de origem chinesa, aqui em Madri. Tenho duas obras autografadas.
15. “Matar um rouxinol”, de Harper Lee
Matar a un ruiseñor: SERIE: CINE
16. “Trópico de capricórnio”, de Henry Miller
17. “Um mundo feliz”, de Aldoux Huxley
18.”O buda dos subúrbios”, de Hanif Kureishi
El Buda De Los Suburbios (Otra vuelta de tuerca)
19. “Os maias”, de Eça de Queirós
20. Os filhos da América, de Nélida Piñón
Outro da Nélida. A edição que eu tenho é a espanhola. O nome ficou muito diferente: “La épica del corazón”
21. “Em busca do tempo perdido- À sombra das meninas em flor”, de Marcel Proust
Li a primeira parte e adorei! Veja aqui a resenha.
En busca del tiempo perdido. Estuche (13/20)
22. “Viagens na minha terra”, de Almeida Garrett
Viagens na Minha Terra (Completo) (Portuguese Edition)
23. “Memorial de Aires”, Machado de Assis.
Memorial de Aires (Série Machadiana Livro 4) (Portuguese Edition)
24. “Onde andará Dulce Veiga”, de Caio Fernando Abreu
Onde Andará Dulce Veiga ? (Em Portuguese do Brasil)
A lista é muito otimista, são vinte e quatro livros, dois por mês, mas alguns são bem extensos, como “Grandes esperanças”, com quase 800 páginas, “Os Maias”, com mais de 700 e assim por diante, mas a intenção é administrar o tempo para dar certo.
O que você achou das minhas escolhas? Vamos embarcar comigo nessas leituras?!
Aproveito para desejar um feliz 2018, espero que você comece o ano com esperanças renovadas, com projetos, sonhos, e que ao longo do ano, todos eles se realizem com alegria e saúde!
Em 2018, mais e melhor! Feliz ano novo!
5 respostas para “Vinte e quatro livros para 2018”
Os benefícios em saber mais de um idioma são inegáveis. Infelizmente tive dificuldade em ler um romance em inglês, embora eu não tenha problema em ler artigos mais técnicos no mesmo idioma. Claro que isso signifique apenas a necessidade de ler mais e melhorar com a prática.
Da lista de livros, devo parar de adiar a leitura de 1984. Talvez seja o livro que eu ouço falar há mais tempo que ainda não li. Sapiens: Uma breve história da humanidade também tem de entrar na minha lista de 2018.
Do resto pretendo continuar as sagas que comecei e dar atenção aos trabalhos nacionais. Tentarei selecionar autores independentes e ajudá-los com a compra de seus trabalhos e divulgação no meu próprio blog.
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Idem, 1984 pra já! 😂😂😂…obrigada pelo comentário, boas leituras e boa sorte com o blog!
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[…] postar no ano passado, mas a resenha saiu agora. Por isso, este livro não está na minha Lista de vinte e quatro livros para 2018. Serão, pois, vinte e cinco resenhas (espero), neste […]
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Excelente lista! Levarei alguns para a minha própria (imensa) lista!
Abraços!
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Que bom, Darlene! Depois me diz o que achou dos livros. Beijos!
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