O livro “Sem destino” impressionou- me profundamente. É o melhor romance que li sobre o holocausto, porque é muito real, foge totalmente do dramatismo que já vem implícito no próprio tema e que pode empobrecer a obra literária se mal dosado, porque vira clichê. Ele conseguiu relatar emoções e até pequenas felicidades no campo de concentração. Kértész esteve lá aos 14 anos, um sobrevivente de Auschwitz.
O austríaco Imre Kertész faleceu hoje, aos 86 anos, na sua casa em Budapeste. Ele sofria de Parkinson.