Comentando no Twitter sobre a palavra “saudade” com o escritor Jairo Cézar (@jairosape e www.escritosnoonibus.blogspot.com) decidimos escrever um poema com o tema “saudade” até o fim do dia. Eu sou leitora e crítica literária, mas não sou mais poetisa, há muitos anos não escrevia nenhum verso. A boa poesia é muito difícil de ser feita, mas ainda que medíocre, resolvi escrever uns versos pra entrar na brincadeira:
A Saudade não esquece,
não dorme, não envelhece
(na foto gretada)
ela sempre revela- se.
A Saudade retém o que escapa,
ela mora na noite, na brisa, na lástima
no som da casa vazia,
na canção do rádio na estrada
na tinta da folha amassada.
A Saudade no passado
era chamada de Amor.
O Amor,
(inconsciente),
aprisionado na hera,
no gosto, no cheiro de terra,
Grita e espera.
Jairo Cézar é da cidade de Sapé, na Paraíba e pai da Beatriz, escreveu esse poema belíssimo!
Saudade é labirinto
é perder-se minotauro
e achar-se infinito.
Um poema escrito e lançado ao leitor deixa de ser do poeta e passa a ser do receptor. A poesia com toda a sua subjetividade dá liberdade e margem à várias interpretações. Um poema sempre será uma obra aberta.
Dois poemas e duas visões completamente diferentes sobre a Saudade.